segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Conheça toda a programação do 6º SIMESPE que será realizado em Julho de 2011

Queridos amigos,

Conforme todos já devem ter conhecimento, realizamos anualmente o SIMESPE - SIMPÓSIO DE ESTUDOS E PRÁTICAS ESPÍRITAS DE PERNAMBUCO, que em 2011 estará na sua sexta edição, e cujo tema central será: A CIÊNCIA A CAMINHO DA ESPIRITUALIZAÇÃO – A IMPORTÂNCIA DO ESPIRITISMO NO PROCESSO EVOLUTIVO DO SER.

Este Simpósio tem como principal objetivo a divulgação da doutrina espírita e também possibilitar a distribuição da pomada Vovô Pedro, que é feita anualmente no Grupo Espírita Seara de Deus, onde são manipulados 100.000 potes de pomada que são distribuídos de forma totalmente gratuita.

Lembramos também que teremos o SIMESPINHO, evento para crianças de 5 a 11 anos, que será realizado em paralelo ao 6º SIMESPE.

Estamos encaminhando o cartaz de divulgação e a programação (anexos) para que vocês conheçam e divulgem o 6º SIMESPE. Criamos também um vídeo divulgando o evento que colocamos no youtube no link abaixo, onde você poderá conhecer todos os palestrantes do próximo SIMESPE e os respectivos temas que serão expostos por eles:


http://www.youtube.com/watch?v=fEzBbcZpOV0

Um grande abraço,

Mário Jorge Júnior


Contatos do Grupo Espírita Seara de Deus: (81) 3434-1128 - 8538-1128 - 8838-2303




Programação:




 Dia 15/07/2011 – Sexta-feira
19:00
Abertura do Evento
19:20
Momento de arte
20:00
Composição da mesa, abertura oficial do SIMESPE e prece inicial
20:30

PALESTRA – A CIÊNCIA A CAMINHO DA ESPIRITUALIZAÇÃO – A IMPORTÂNCIA DO ESPIRITISMO NO PROCESSO EVOLUTIVO DO SER.
Conferencista - CARLOS BACCELLI (MG)
21:30
Prece de encerramento

Dia 16/07/2011 – Sábado
08:00
Momento de arte – Sibélius Tenório
08:30
Composição da mesa e prece inicial
08:50  
PALESTRA – CAUSAS ESPIRITUAIS DOS TRANSTORNOS MENTAIS – PSIQUISMO HUMANO E MEDIUNIDADE. “A questão mais aflitiva para o espírito no Além é a consciência do tempo perdido.” (Chico Xavier)
Conferencista – Dr. SÉRGIO LOPES (RS)
10:00
Intervalo
10:30 
PALESTRACONTRIBUIÇÃO DA FÍSICA QUÂNTICA NO PROCESSO DE INTERAÇÃO MENTE/CORPO - COMPROVAÇÕES CIENTÍFICAS DAS INFORMAÇÕES DE ANDRÉ LUIZ.
  “A matéria não explica a matéria e o unverso não se explica a si mesmo. Neste universo infinito existe uma força pensante; uma força atuante.” (Albert Einstein)
Conferencista – Dr. DÉCIO IANDOLI JÚNIOR (MT)
12:00
Intervalo (ALMOÇO)
13:30  
PALESTRA – A TRAJETÓRIA DO SER ESPIRITUAL DA ANIMALIDADE À ANGELITUDE – EVOLUÇÃO E FUNÇÕES DO CÉREBRO COMO ÓRGÃO DE MANIFESTAÇÃO DA MENTE. “Nascer, viver, morrer, nascer de novo e evoluir sempre. Eis o caminho!” (Allan Kardec)
Conferencista – Dr. IRVÊNIA PRADA (SP)
14:50
Momento de arte
15:30
PALESTRA (1ª PARTE) – PERISPÍRITO–ANIMISMO-MEDIUNIDADE E SUAS RELAÇÕES DE INTERDEPENDÊNCIA – UMA ABORDAGEM CIENTÍFICA À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA. “O mundo é a oficina: o corpo é a ferramenta; a existência é a oportunidade; o dever a executar é a missão a cumprir.” (Emmanuel)
Conferencista – Dr. SÉRGIO FELIPE DE OLIVEIRA (SP)
16:30
Intervalo
17:00
PALESTRA (2ª PARTE) – PERISPÍRITO–ANIMISMO-MEDIUNIDADE E SUAS RELAÇÕES DE INTERDEPENDÊNCIA – UMA ABORDAGEM CIENTÍFICA À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA. “O mundo é a oficina: o corpo é a ferramenta; a existência é a oportunidade; o dever a executar é a missão a cumprir.” (Emmanuel)
Conferencista – Dr. SÉRGIO FELIPE DE OLIVEIRA (SP)
18:00
Prece de Encerramento

Dia 17/07/2011 – Domingo
08:00
Momento de arte
08:30
Composição da mesa e prece inicial
09:00
Sala de entrevistas – Primeiro bloco
Participantes: Dr. SÉRGIO LOPES, Dr. DÉCIO IANDOLI JR, Dra. IRVÊNIA PRADA, Dr. SÉRGIO FELIPE DE OLIVEIRA
10:30
Intervalo
11:00
Sala de entrevistas– Segundo bloco
Participantes: Dr. SÉRGIO LOPES, Dr. DÉCIO IANDOLI JR, Dra. IRVÊNIA PRADA, Dr. SÉRGIO FELIPE DE OLIVEIRA
12:00
Intervalo (ALMOÇO)
14:00
PALESTRA – EXPERIÊNCIAS DE QUASE MORTE – A CIÊNCIA CADA VEZ MAIS PERTO DA NOSSA REALIDADE ESPIRITUAL – TEORIAS CIENTÍFICAS SOBRE O MUNDO ESPIRITUAL E SUAS RELAÇÕES COM O MUNDO MATERIAL. “Fé verdadeira só o é, a que enfrenta a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade” (Allan Kardec).
Conferencista – ANGELA MARIA COSTA DE MENESES (PE)
15:30
Momento de arte
16:00
PALESTRA – ESPIRITISMO, ALAVANCA LIBERTADORA DE CONSCIÊNCIAS – A VIVÊNCIA DOS POSTULADOS ESPÍRITAS CONSTRUINDO A SAÚDE INTEGRAL. “Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas, se escolher o amor, com ele conquistará o mundo.” (Albert Einstein)
Conferencista – GERALDO LEMOS NETO (MG)
17:20
Leitura das Cartas Consoladoras – CARLOS BACCELLI
18:00
Encerramento

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Bate Pronto com Geraldo Lemos Neto - palestrante confirmado no VI SIMESPE

O companheiro médium

Ana Mary C. Cavalcante
anamary@opovo.com.br

Geraldo Lemos Neto conviveu com Chico Xavier, a partir dos anos 80. Também médium, comprou a última morada de Chico – em Pedro Leopoldo e que ele construiu entre 1946 e 1948 –, conservando os cômodos originais (inclusive com objetos pessoais do antigo dono). E também adaptando a residência a um centro de pesquisa e estudo sobre Chico e o Espiritismo. Lá, por exemplo, estão 458 livros publicados por Chico Xavier, inclusive, edições raras. “Até o centenário, devem ser 460 obras”, soma Geraldo, considerando o material ainda inédito, datado de 1934 a 1952 e produzido na Fazenda Modelo. A pequena biblioteca da casa resguarda outras 180 obras que se referem à vida e ao trabalho de Chico Xavier. Nesta rápida entrevista, Geraldo Lemos Neto lança luzes sobre a psicografia.

O POVO - Existe um tempo adequado para se buscar notícias dos mortos? Na prática, em que momento, os parentes vivos devem procurar um Centro Espírita, um médium, para tentar esse contato?
 Geraldo Lemos Neto - Chico Xavier costumava nos dizer que o "telefone toca de lá para cá", como a nos indicar que não devemos nos fixar na idéia de exigir que este ou aquele parente ou amigo recentemente desencarnado nos dê imediatas notícias de seus primeiros tempos no além-túmulo. Cada caso é um caso específico, naturalmente às voltas com inúmeras variáveis que nos fogem ao controle, quais sejam a situação espiritual do desencarnado; o seu próprio merecimento e o merecimento de seus amigos ou familiares que ficaram na Terra; a conveniência de notícias mais diretas ou não, dentro de uma lógica natural que devemos nos preparar para o amor sem apego; a sintonia indicada entre o espírito do recém liberto da carne com a existência de médiuns devidamente preparados e bem dispostos ao serviço; o desinteresse e a dedicação dos candidatos à mediunidade com Jesus e Kardec, com a renúncia de si mesmos e sem qualquer exigência. Enfim, muitas condicionantes que acabam por reduzir substancialmente a possibilidade de contato mediúnico imediato.
Dentro deste raciocínio, convém que os familiares aguardem o tempo, exercitando a fé em Deus e a resignação aos desígnios de Cima, aprendendo a enxergar, nos irmãos mais carentes e necessitados do caminho terrestre, a quem devemos todos amparar em nome da Caridade, como se eles fossem os entes queridos que partiram para a vida no além, angariando amigos e ampliando os laços de fraternidade real que um dia haverá de nos irmanar a todos no Caminho do Cristo.

O POVO - Se não se é espírita - portanto, se não se tem uma compreensão mínima do outro mundo existente -, é válido procurar contato com os desencarnados através dos meios espíritas (como as cartas psicografadas)?
Geraldo Lemos Neto - Sim, claro que é válido. Mas, antes de qualquer tentativa neste sentido, o melhor seria que se buscasse a fonte inesgotável da água viva da paz de espírito, dessedentando-se com os ensinamentos do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos prometeu consolação e alívio, apoio e arrimo em nossas aflições e angústias do coração. Neste particular, a Doutrina Espírita, notadamente através da abnegada mediunidade de Chico Xavier, nos deixou centenas de livros de esclarecimento e consolo, que tanto nos aliviam o coração e nos instruem o entendimento para que compreendamos que somos espíritos imortais, que vamos vencer a morte do corpo físico e transpor os séculos futuros no carreiro de nossa evolução espiritual para Deus.

O POVO - Para o médium, qual o significado da psicografia?
Geraldo Lemos Neto - Pelo que pude compreender até hoje, especialmente no contato com a mediunidade de Chico Xavier, a mediunidade para o candidato ao seu exercício deve ter o significado de serviço ativo no bem do próximo sob os auspícios de Jesus, Nosso Divino Mestre, que nos ensinou a dar de graça o que de graça recebemos. A mediunidade, antes de mais nada, é um sério compromisso que deve ser abraçado com devotamento e valor por quem quer que se lhe aproxime dos ideais renovadores, esforçando-se por domar as más tendências, afim de que reformando-se a si mesmo, o seu exemplo fale muito mais alto do que as palavras de um belo discurso, cheio de beleza teórica, mas vazio de sentimento e verdade. Assim, o médium deve se esforçar por ser coerente com os ideais da Vida Mais Alta, aprendendo a amar e a servir, perdoar e esquecer o mal, perseverar e caminhar com fé e coragem, vencendo os obstáculos naturais de seu caminho, sem presunção e sem desânimo.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Entrevista com Dr. Sérgio Felipe de Oliveira – Palestrante confirmado para o VI SIMESPE em Julho/2011

A MEDIUNIDADE e a PSICANÁLISE
entrevista com Dr. Sérgio Felipe de Oliveira

Há quase um século se estuda os fenômenos orgânicos e psíquicos da mediunidade. No Brasil um dos mais importantes estudiosos nesta área é o neuropsiquiatra Sérgio Felipe de Oliveira, mestrado em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretor da Clínica Pineal Mind de São Paulo.

Nesta entrevista para a revista “Saúde e Espiritualidade” (“Health and Spirituality”), Dr. Sérgio nos conta um pouco de seus estudos e investigações sobre a glândula pineal e a mediunidade.

A Ciência reconhece o tema da “mediunidade”?

O Código Internacional de Enfermidades (CID) N°10 (F44.3) de certa forma o reconhece; do mesmo modo que o tratado de Psiquiatria de Kaplane e Sadock, no capítulo sobre as teorias da Personalidade, quando se refere ao estado de transe e de possessão pelos espíritos. Carl Gustav Jung, fez um estudo com uma médium possuída por espíritos. Enfim, já é uma abertura para discutir o tema do ponto de vista científico.

No seu curso, como o senhor orienta as pessoas para o estudo da mediunidade?

De início, é necessário apresentar os conceitos de Universos Paralelos e a Teoria das Superquedas, porque essas hipóteses científicas buscam a unificação de todas as forças físicas conhecidas e pressupõem a existência de 11 dimensões, coincidindo com a revelação espírita sobre os diversos planos da vida espiritual. Temos que estudar também outros temas científicos importantes, tal como a Física Quântica, apresentada por Einstein e desenvolvida por Paul Dirac, assim como o teorema de Gödel. Precisamos discutir um pouco sobre os tipos de matéria que participam da construção dos corpos sutis do espírito, além de estudar a dinâmica da Psicologia Transpessoal. Assim podemos entender melhor como se pruduz a comunicação entre os espíritos, sejam esses encarnados ou desencarnados.

Que seria realmente a mediunidade?

A mediunidade é uma faculdade da percepção sensorial. Como qualquer faculdade deste tipo, para ser exercida, a mediunidade necessita de um órgão que capte e o outro que interprete. A nossa hipótese é que a glândula pineal é um órgão sensorial da mediunidade, como um telefone celular, que capta as ondas do aspecto eletromagnético, que vêm da dimensão espiritual, e o lóbulo fronta l faz o juízo crítico da mensagem, auxiliado pelas demais áreas encefálicas.

Mas a glândula pineal não se calcifica depois dos 10 anos de idade?

De fato, ocorre o processo bio-mineral da glândula e ela se calcifica. Em minha tese de doutorado da USP, investiguei os cristais da glândula pineal mediante a difração dos raios X.
Eu usei também a tomografia computadorizada e a resonância magnética. Tive a oportunidade de observar nos cristais uma micro circulação sanguínea que os mantinha metabolicamente ativos e vivos.

Acredito que sejam estruturas diamagnéticas que repelem ligeiramente o campo magnético, cujas on das se deixam ser recocheteadas de um cristal a outro. Isso é como um sequestro dos campos magnéticos pela glândula. Quanto mais cristais uma pessoa tem, mais possibilidades terá de captar as ondas eletromagnéticas. Os Médiums ostensivos têm mais cristais.

Quais são os sintomas da mediunidade?

Variam dependendo do tipo da mediunidade. Nos fenômenos espíritas, como é o caso da psicofonia, da psicografia, da possessão, etc, há captação pelos cristais da glândula pineal e sua ativação adenergética, quero dizer que pode ocorrer ataque cardíaco, aumento do fluxo renal, circulação periférica diminuída, etc. Nos fen
ômenos psíquicos, em que a alma do encarnado se afasta do corpo, como em estado de desdobramento, os sintomas são outros: podemos ter distúrbios de sono, sonambulismo, terror noturno, ranger de dentes, angústia, fobia, etc. Encaixam-se aqui também os fenômenos de cura e ectoplasma. Nos psíquicos, ocorrem mais fenômenos colienergéticos: expansão das atividades do aparelho digestivo, diminuição da pressão arterial, etc.

Quer dizer que a mediunidade não se manifesta sempre como fenômeno paranormal?

Correto. Uma boa parte das vezes, se expressa mediante alterações do comportamento psicobiológico. A explicação é a seguinte: a glândula pineal, um órgão sensorial, capta as ondas magnéticas dos universos paralelos; a percepção seria enviada ao lóbulo frontal que a interpretaria. Para isso é necessário se te r um certo treino e, antes de mais nada, a transcendência, do contrário não há desenvolvimento nessa área.

E no caso de a pessoa não conseguir essa trascendência?

Nesse caso as ondas magnéticas vão influir diretamente sobre as áreas do hipotálamo e as estruturas ao seu redor, sem passar pelo juízo crítico do lóbulo frontal e sem receber seu comando. Consequentemente a pessoa perde o controle do comportamento psicobiológico e orgânico. É o que acontece em muitos casos de obesidade, quando a pessoa come sem fome ou nos casos de dificuldades nas relações sexuais.
Se o efeito se produz na área da agressividade, haverá talvez um aumento da auto-agressividade (desencadeando depressão e fobia) ou da hetero-agressividade (com violência contra outras pessoas). Se o sistema reticular ascendente é ativado (esse sistema é responsavel pelos estados de sono e vigilia) podem ocorrer distúrbios nessa área. Nos casos citados ocorrem sintomas sem desenvolvimento da mediunidade, com alterações hormonais, psiquiátricas ou orgânicas. Se não há o controle do lóbulo frontal, as áreas mais primitivas predominam. A pessoa não usa a capacidade de transcendência. Essas são hipóteses que acumulei durante as investigações e nos casos clínicos.

Se um paciente lhe perguntasse se o seu problema é espiritual ou orgânico, qual seria a sua resposta?

Não existe uma coisa separada da outra. Eu parto da hipótese de que a pessoa é um espírito. Por isso a influência espiritual tem repercursão biológica e os comportamentos psico-orgânicos têm influência sobre o espírito.

Qual e o caminho para a integração da ciência e da espiritualidade?

O cérebro está, como um embrião, ligado ao coração. Não existe raciocínio sem emoção. Somente a capacidade de amar constrói a verdadeira identidade das pessoas. Somente após a união definitiva entre a Ciência e a Espiritualidade, a humanidade poderá encontrar a paz e o amor.

O entrevistado,Sérgio Felipe de Oliveira, é neuropsiquiatra com mestrado em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretor da Clínica Pineal Mind de São Paulo.

http://palavrastodaspalavras.wordpress.com/2008/04/26/a-mediunidade-e-a-psicanalise-entrecista-com-sergio-felipe-de-oliveira/


 
Conheça o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira:
É um psiquiatra brasileiro, mestre em Ciências pela USP (Universidade de São Paulo) e destacado pesquisador na área da Psicobiofísica. A sua pesquisa reúne conceitos de Psicologia, de Física, de Biologia e do espiritismo.
Desenvolve estudos sobre a glândula pineal, estabelecendo relações com atividades psíquicas e recepção de sinais do mundo espiritual por meio de ondas eletromagnéticas. Realiza um trabalho junto à Associação Médico-Espírita de São Paulo AMESP e possui a clínica Pineal Mind, onde faz seus atendimentos e aplica suas pesquisas.
Segundo o mesmo, a pineal forma os cristais de apatita que, em indivíduos adultos, facilita a captura do campo magnético que chega e repele outros cristais. Esses cristais são apontados através de exames de tomografia em pacientes com facilidade no fenÃ?meno da incorporação. Já em outros pacientes, em que os exames não apontam tais cristais, foi observado que o desdobramento fora facilmente apontado.
Segundo a revista Espiritismo & Ciência," o mistério não é recente. Há mais de dois mil anos, a glândula pineal é tida como a sede da alma. Para os praticantes da ioga, a pineal é o ajna chakra, ou o “terceiro olho”, que leva ao autoconhecimento. O filósofo e matemático francês René Descartes, em Carta a Mersenne, de 1640, afirma que “existiria no cérebro uma glândula que seria o local onde a alma se fixaria mais intensamente”.
Sérgio Felipe de Oliveira tem feito palestras sobre o tema em várias universidades do Brasil e do exterior, inclusive na Universidade de Londres. Numa apresentação na Universidade de Caxias do Sul, o pesquisador afirmou ter recebido vários estímulos para estudar a glândula pineal quando ainda estava concentrado em pesquisas na área de física e matemática. Um desses estímulos foi uma visão em que lhe apareceu o professor Zerbini, renomado médico cardiologista e pioneiro dos transplantes de coração no Brasil. Zerbini, a quem sérgio teria substituído em seus dois últimos compromissos acadêmicos, sugeriu a Sérgio insistentemente (durante a visão) que estudasse a glândula pineal, conforme o relato do pesquisador.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sérgio Lopes - Um dos palestrantes confirmados para o VI SIMESPE

Conheça um pouco mais de Sérgio Luis da Silva Lopes, um dos palestrantes confirmados no VI SIMESPE:

“Da medicina com espiritualidade depende o futuro da saúde
no planeta”
Autor do livro “Leis Morais e Saúde Mental”, o médico psiquiatra Sérgio Luis da Silva Lopes (foto), da cidade de Pelotas (RS), é trabalhador espírita atuante e o atual diretor do Departamento de Solidariedade Humana da Associação Médico-Espírita do Brasil - AME-Brasil.
Natural de Bagé (RS), e tendo a oportunidade de crescer em família espírita, trilhou os caminhos de formação pela evangelização infantil e participação ativa no movimento da juventude espírita, onde encontrou sua esposa Jeaninni e com a qual tem três filhos.
Em  seu  livro,  Sérgio  Lopes  brinda-nos
com reflexões abalizadas sobre as Leis Morais, que estão contidas na terceira parte de “O Livro dos Espíritos” e que ensejam o desabrochar deste núcleo divino inato, imanente e incorruptível que está inserido no âmago de nosso self.
O Consolador: Como escritor, o que já tens publicado?
Tenho vários artigos publicados em periódicos diversos e sou autor do livro “Leis Morais e Saúde Mental”, publicado pela Editora Francisco Spinelli, da FERGS – www.livraria.fergs.org.br .
O Consolador: Sérgio, o que te motivou a desenvolver o tema Leis Morais e Saúde Mental?
Depois de dois anos de artigos escritos sobre o tema para o jornal Diálogo Espírita, da FERGS, surgiu a idéia de ampliá-los e transformá-los em livro, o que derivou também em repassar os direitos autorais à Federação, que hoje detém os rendimentos integrais da venda dos livros.
O Consolador: Percebeste alguma inspiração da Espiritualidade ao escrevê-lo?
Muitos foram os momentos de evidente inspiração do livro. Em algumas vezes as idéias fluíram com extrema fluidez, como, por exemplo, nos curtos intervalos das consultas médicas, em torno de 10 ou 15 minutos.
O Consolador: Quais os retornos que tens tido de teu livro que merecem destaque?
Principalmente o retorno de pessoas que me falam de minha obra estar sendo muito esclarecedora para suas questões pessoais. É sempre muito bom quando conseguimos ajudar os outros. Não foi por outro propósito que resolvi escrever o livro.
O Consolador: Qual é a tua participação na Associação Médico-Espírita de Pelotas e na AME-Brasil?
Na AME-Pelotas atuo como presidente e coordenador de dois grupos de estudos: Medicina e Espiritualidade e Psicologia de Joanna de Ângelis. Na AME-Brasil sou expositor e diretor do Departamento de Solidariedade Humana.
O Consolador: A AME-Brasil possui site? Se possui, qual é seu endereço e qual seu conteúdo?
Sim. O site da AME-Brasil é www.amebrasil.org.br. E seu conteúdo principal é a questão da medicina com a espiritualidade.
O Consolador: Como o Departamento de Solidariedade da AME-Brasil desenvolve suas atividades?
Nosso departamento trabalha para desenvolver, em todo o Brasil, atividades de parcerias na área da benemerência. Desde a sua criação, em 2007, já desenvolvemos atendimento voluntário gratuito em vários Estados do Brasil.
O Consolador: Quais as repercussões das ações sociais, através do Departamento de Solidariedade da AME-Brasil, que merecem destaque?
O Projeto de ações solidárias, de autoria da Dra. Marlene Nobre, presidente da AME-Brasil, apresentado na reunião das Entidades Especializadas de novembro de 2006, na FEB, merece destaque porque serve de roteiro para orientar as ações de nosso departamento.
O Consolador: Participas de qual Centro Espírita? Quais as atividades que desempenhas?
Sou trabalhador do Lar Espírita Fabiano de Cristo, em Pelotas (RS), onde desenvolvo atividades doutrinárias de exposição e prece.
O Consolador: Uma marca de tua atuação em Pelotas são os estudos psicológicos da obra de Joanna de Ângelis. Fala-nos sobre eles.
É um grupo de estudo muito especial, pois desenvolve os assuntos da moderna psicologia sob a ótica do Espírito Joanna de Ângelis através de sua série de obras psicológicas. Sobre elas estamos fazendo um estudo aprofundado em nosso grupo de estudo que já dura um ano e meio e conta com a participação de 130 pessoas. Quero destacar que esse grupo de estudo que leva o nome de Joanna de Ângelis tem uma vibração diferente, muito especial, a melhor que já experimentei em toda a minha vida como espírita.
O Consolador: Como tens analisado os temas polêmicos que vêm circulando atualmente pelo movimento espírita?
Com ponderação e cautela, como convém a todo espírita, conforme orienta Allan Kardec. No entanto, com ativa participação, principalmente no que se refere às temáticas que envolvem a defesa da vida.
O Consolador: E os temas polêmicos da sociedade em geral têm sido objeto de debate nos círculos de estudos da AME?
Principalmente os temas polêmicos são enfocados em nosso grupo de estudo e as principais conclusões se referem à defesa da vida diante da realidade do Espírito.
O Consolador: Como vai o movimento espírita em tua cidade e no Rio Grande do Sul?
Pelotas, no último censo do IBGE, foi destacada como uma das cidades de maior número de espíritas no Brasil na proporção de número de habitantes. Temos um Movimento pujante que cresce a cada dia. O Rio Grande do Sul apresenta uma base forte doutrinária, principalmente no que se refere à área de estudos espíritas e no âmbito da evangelização.
O Consolador: Como é ser médico e espírita?
Não saberia ser médico de outra maneira. É saber que não atuo sozinho. Que meu diploma não é meu e sim emprestado pelo Cristo. Que da medicina com espiritualidade depende o futuro da saúde no planeta. Que ao desencarnar, se tiver merecido, continuarei médico, aprendendo sempre com os amigos da espiritualidade.
O Consolador: Tuas palavras finais.
Considero uma honra e uma bênção estar encarnado nesse momento e atuar nessa doutrina que, além de consoladora, traz luz e esclarecimento às questões mais importantes de nossas vidas. Obrigado.

domingo, 7 de novembro de 2010

Os animais podem reencarnar, diz pesquisadora Irvênia Prada, palestrante confirmada no VI SIMESPE

Irvênia Prada é Professora Catedrática e médica veterinária da Universidade de S. Paulo (USP), sendo uma autoridade mundial na comunidade científica sobre “Neuroanatomia Animal”. É também uma respeitada investigadora espírita em particular da “Interacção Cérebro-Mente” dos animais. Com vários livros e estudos científicos e espíritas publicados, é uma das palestrantes já confirmada para o VI SIMESPE em 2011.
Os animais podem reencarnar, diz pesquisadora

Em entrevista ao Jornal da Orla, a veterinária Irvênia Prada explica os conceitos da espiritualidade animal. Autora do livro "A Questão Espiritual dos Animais", ela destaca que os bichos possuem alma, estão sujeitos à reencarnação e podem voltar a terra como seres humanos.
Jornal da Orla - Allan Kardec e Chico Xavier mencionaram a espiritualidade animal em suas obras. Os animais têm alma?

Irvênia Prada - Tanto em obras básicas da codificação da Doutrina Espírita, a exemplo de O Livro dos Espíritos e A Gênese, como em obras psicografadas por Chico Xavier, a exemplo de Evolução em Dois Mundos e Missionários da Luz, de autoria do Espírito André Luiz, é significativo o volume de informações que encontramos a respeito da essência espiritual dos animais. Sim, os animais têm alma, como nos elucida, dentre outros, o item 597 de O Livro dos Espíritos. Melhor seria dizer que eles são princípios inteligentes ora encarnados nos corpos que lhe correspondem, dependendo de seu estágio evolutivo.

Também em A Gênese, de Kardec (III. 21), lemos: – “A verdadeira vida, do animal, tal como a do homem, não se encontra no envoltório corporal... ela está no princípio inteligente, que preexiste e que sobrevive ao corpo”. Em carta de próprio punho, escrita por Chico Xavier, na data de 25/01/51, a Wantuil de Freitas, então presidente da Federação Espírita Brasileira, o respeitado médium relata que no momento da morte de seu cão Lorde, vê o espírito de seu irmão José, já desencarnado, acolher nos braços o espírito do Lorde. Acrescenta ainda que nos meses que se seguiram, quando José lhe vinha ter à presença, aparecia sempre acompanhado da figura espiritual do cão que tanto estimavam. Este lindo caso de sobrevivência do animal, à morte do corpo físico, acha-se registrado no livro Testemunhos de Chico Xavier, de Suely Caldas Schubert.
O que acontece quando os animais morrem?

Irvênia Prada - Em O Livro dos Espíritos, itens 283 e 600, temos a informação de que os espíritos dos animais são classificados após a morte, pelos espíritos humanos incumbidos disso (espíritos zoófilos), sendo utilizados quase que  imediatamente para animar novos corpos.
Existe reencarnação dos animais?

Irvênia Prada - Sim, os animais reencarnam (O Livro dos Espíritos, itens 132, 599 e 601). É por intermédio do processo reencarnatório que acontece a progressiva evolução do espírito, que estagia na matéria, desde formas animais muito simples até as muito complexas, como as que se observam nos diferentes grupos de mamíferos, entre estes incluindo-se o próprio ser humano.

Para o espírito André Luiz (Evolução em Dois Mundos, cap. V), figura central do filme ora em cartaz “Nosso Lar”, as células já se apresentam como princípios inteligentes, renovando-se continuamente no corpo físico e no corpo espiritual. Para o meu entendimento, e com base nesse texto de André Luiz, o processo reencarnatório já se verifica a nível celular. Hoje a reencarnação passa a ser considerada como uma hipótese, dentro da ciência, conforme considera, em seu livro A Reencarnação como Lei Biológica, o médico brasileiro Décio Iandoli Junior.
Existem animais que sofrem no mundo. Pode-se dizer que os animais também passam pelo carma?

Irvênia Prada - Os animais sofrem, sim, e muito, neste mundo, principalmente à custa das ações egocentradas do ser humano. Mas o sofrimento deles não se encontra ligado à expiação (O Livro dos Espíritos, item 602), ou seja, a um carma, a um reajuste de contas de ações do passado.

Em O Mistério do Ser ante a Dor e a Morte, Herculano Pires, registra que “os animais sofrem porque evoluem e porque toda evolução é sempre acompanhada das dores do parto que anunciam as transações evolutivas para planos superiores...”. Também o espírito Emmanuel, em página psicografada  por Chico Xavier (“Animais e Sofrimento”), questiona de início: “Se os animais estão isentos da lei de ação e reação, já que não têm culpas a expiar, de que maneira se lhes justificar os sacrifícios e aflições? ”Mas esclarece a seguir (em resumo): “...compreendamos, desse modo, que o sofrimento é ingrediente inalienável no prato do progresso”.
Um animal pode aperfeiçoar-se a ponto de se tornar um espírito humano? Existe transição dos mundos?

Irvênia Prada - A Biologia e a Antropologia descobriram evidências de que as espécies integrantes do gênero humano evoluíram a partir do Australopitecus, uma espécie de macaco de postura ereta, que teria vivido no sul da África há cerca de 4 milhões de anos, o que por si só é indicativo de que não há como se considerar o ser humano como uma criatura à parte, tendo-se em conta o processo evolutivo dos organismos materiais. É muito interessante o fato de que Darwin (1809-1882) e Kardec (1804-1869) foram contemporâneos. 

Apesar das polêmicas repercussões sociais e religiosas que a teoria darwiniana provocou, na época, com a publicação de “A Origem das Espécies” (1859), Kardec entendeu a validade da proposta, pois em sua obra A Gênese, XI. 15 e 16 (1868) considera, com o títul o “Hipótese sobre a Origem do Corpo Humano”, a possibilidade de que “...Corpos de macacos teriam sido muito adequados a servir de vestimentas aos primeiros Espíritos humanos, necessariamente pouco avançados, que vieram encarnar-se na Terra...

Como não há transições bruscas na natureza, é provável que os primeiros homens que apareceram sobre a Terra pouco diferissem do macaco, em sua forma exterior, e, sem dúvida, também, quanto à sua inteligência...”.  Portanto, considerada essa hipótese, é perfeitamente válida a ideia de que o princípio inteligente que animava um animal, no caso um macaco, no progredir do processo evolutivo tenha animado um corpo humano. Tanto a evolução orgânica quanto a evolução espiritual pode também acontecer em outros locais do espaço, de mesmo estágio que a Terra, ou de padrão superior ou inferior a ela. “Todos os mundos são solidários: o que não se faz num, pode fazer-se noutro” (O Livro dos Espíritos, item 176).
Os animais possuem sentimentos? É verdade que alguns deles têm a capacidade de pressentir acontecimentos?

Irvênia Prada - Segundo registros históricos, Descartes, um dos grandes filósofos responsáveis pela Revolução Científica do século XVII, por influência religiosa teria admitido que sendo a sensibilidade atributo da alma, e sendo a alma privilégio apenas dos seres humanos, não restaria para os animais outra alternativa do que serem considerados máquinas insensíveis e automatizadas, movidas apenas por uma espécie de combustível, o instinto.

Felizmente, iniciaram-se na metade do século XX importantes pesquisas científicas no campo da Biologia, da Etologia e da Neurociência, que vieram demonstrar de maneira inequívoca que os animais são seres sencientes, ou seja, que têm sensibilidade, inteligência e memória, além da capacidade de aprender coisas novas, de associar ideias, de m ontar estratégias de comportamento individual ou em grupo e de planejar ações futuras. Interessante é a constatação de que em obras básicas da Doutrina Espírita, como O Livro dos Espíritos e A Gênese, encontramos claro o conceito de que os animais são seres inteligentes.

Também é considerável, na literatura espírita, o número de publicações que aludem à sensibilidade dos animais e à sua capacidade afetiva, a exemplo de Memórias do Padre Germano (com seu cão Sultão), de Amália Domingos Soler e Gênese da Alma, de Cairbar Schutel, em que são narrados diversos casos envolventes, com a participação de animais.

Os animais podem ver espíritos e sentir a sua presença, haja vista o caso bíblico da Mula de Balaão, em que o anjo se mostrou primeiro à montaria. Por essa razão, e também por seus sentidos orgânicos aguçados, eles são capazes de perceber ou mesmo de prever, mais do que nós, algumas ocorrência s, agindo como verdadeiras “sentinelas”.
Quais são as semelhanças e diferenças entre a espiritualidade humana e a espiritualidade animal?
Irvênia Prada - Não há nenhuma diferença entre a essência espiritual dos seres humanos e a essência espiritual dos animais, pois a inteligência de ambos os grupos emana do mesmo princípio – o princípio espiritual ou princípio inteligente (O Livro dos Espíritos, item 606a). As diferenças ocorrem em função do estágio evolutivo em que se encontra cada espécie, cada comunidade e mesmo cada indivíduo.

Por exemplo, em nossas primeiras encarnações como seres humanos, neste planeta, com certeza pouco diferíamos do macaco, em nossa forma exterior e, sem dúvida, também quanto à nossa inteligência... (A Gênese, de Kardec, XI. 15 e 16).  O mesmo conceito encontramos em O Livro dos Espíritos, item 849, em que lemos: “Qual é, no homem em estado selvagem (eu entendo que Kardec referia-se ao homem “primitivo”), a faculdade dominante: o instinto ou o livre-arbítrio?” Resposta: “O  instinto...”.

No livro "A Questão Espiritual dos Animais", a senhora destaca que os homens são tutores dos animais. Como a senhora explica esse conceito? Qual é a responsabilidade do ser humano no tratamento com os animais?

Irvênia Prada – Hoje temos a exata noção de que os animais são seres que além de terem inteligência, sensibilidade, memória, afetividade e outros atributos, também são suscetíveis à vivência de dores físicas e de sofrimentos psíquicos. A coisa então mudou radicalmente, impelindo-nos a profundas reflexões de natureza ética. Admitir como possibilidade dentro da ciência, que os animais têm outra dimensão, além do corpo físico, faz toda a diferença. Não importa o nome que se dê a essa dimensão abstrata.

Pode ser metassistema - como referem alguns físicos, pode ser mente, psique, psiquismo, alma ou espírito, não importa... O fato é que precisamos rever todas as nos sas atitudes em relação a eles, nossos companheiros de jornada evolutiva. Em Missionários da Luz, de André Luiz, o mentor Alexandre aconselha: “A missão do superior é a de amparar o inferior e educá-lo...Sem amor para com os inferiores não podemos aguardar a proteção dos superiores”. Se é que podemos nos considerar “superiores” aos animais, acoplada a essa condição vem a nós o dever de respeitá-los como seres que sofrem e que têm direito à própria vida. Como refere Frifjof Capra em Pertencendo ao Universo, “não somos donos do mundo, apenas pertencemos a ele”.

Irvênia Prada é uma dos palestrantes já confirmados para o SIMESPE em 2011, conheça o vídeo
com as notícias iniciais do VI SIMESPE:

http://www.youtube.com/user/simespe#p/u


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Culpa e Responsabilidade - Dr. Décio Iandoli Jr - Palestrante confirmado no VI SIMESPE - 2011


by Décio Iandoli Jr. on mai.03, 2010

Segundo o dicionário, culpa é:
“Falta voluntária a uma obrigação, ou a um princípio ético”
Não vamos nos deter aqui aos aspectos jurídicos que o termo possa vir a ter, vamos analisar apenas esta abordagem que nos remete de maneira mais clara ao cerne da questão à qual pretendemos analisar.



No dicionário responsabilidade é:
“Qualidade ou condição de responsável”

E responsável é:
“Que dá lugar a, que é causa de (algo)

Creio que fica bastante claro, como ponto de partida, a diferença entre culpa e responsabilidade, pois esta se estabelece no momento em que inserimos a idéia de consciência, por isso grifamos a palavra “voluntária” na definição do dicionário.
A diferença que parece bastante simples segundo uma visão mais etimológica dos termos, se confunde e perde a nitidez de seus limites quando passamos a aplicá-las em nosso cotidiano.
Acredito ser bastante significativa a expressão muito utilizada pelos cristãos, de maneira geral, que diz: “Tenho temor a Deus”.
A palavra temor significa ato ou efeito de temer, ter medo, receio diante de uma ameaça, pois bem, seria Deus causa de medo, seria Deus uma ameaça?
Esta expressão acabou por significar também respeito ou zelo, mas é na sua origem o mesmo que ter medo, medo do poder supremo de um deus vingativo e implacável diante dos erros cometidos, confundindo justiça com intolerância, é a herança da culpa judaico-cristã que trazemos atavicamente.
Os grandes vultos no cristianismo nascente foram quase todos mártires, dando a idéia de que só se pode conquistar o “reino dos céus” com o sacrifício extremo e a abnegação absoluta.
Os tempos são outros, os espíritos também.
Toco neste assunto por acreditar ser ele de fundamental importância na compreensão do que considero a mais importante de todas as mensagens do Cristo, ou seja, somos responsáveis por nossos atos e pensamentos, somos responsáveis por nossas vidas, nossas felicidades ou infelicidades, mas nem sempre, somos culpados por nossos erros ou pelas consequências funestas que nossos atos possam ter, acusando aqui como limite de uma coisa e de outra, o grau de consciência que temos quando atuamos em nossas vidas e quando notamos a repercussão daquilo que falamos ou fazemos.
As leis naturais, universais ou divinas – chame como quiser – atribuem a cada um, na medida de sua evolução e desenvolvimento de seu livre arbítrio, a responsabilidade de seus atos enquanto nós dirigimos nossas atitudes, mais verdadeiramente quanto maior for nossa consciência daquilo que se passa ao nosso redor. Entretanto, estamos suscetíveis às consequências de nossas ações, que vão nos mostrando por tentativa e erro, os caminhos que escolhemos no exercício daquilo que podemos chamar livre arbítrio, visto que, não raro, aquilo que “decidimos” é muito mais a ação do meio sobre nós do que propriamente uma escolha.
Invariavelmente, o erro nos remete à responsabilidade que tivemos, já que nos reconhecemos como causa, porém vem de arrebate a culpa que nos martiriza.
Começamos aqui a entrar no ponto principal da questão, pois a culpa só poderia ser atribuída àquele que tinha plena consciência do erro em curso, assim como das consequências dele, e é tanto menor quanto menor for a vontade de prejudicar, de causar dano.
A falta de culpa não exime ninguém das consequências que causa, mas a culpa tolhe suas possibilidades de recuperação na medida em que provoca a auto-condenação e leva ao martírio que não produz efeito benéfico nem a ele, autor da ação, tampouco àquele ou àqueles que sofreram o dano, assim, a percepção do erro posterior ao seu cometimento, deve provocar sim, a conscientização seguida da ação de reparo que se possa ter, e da prevenção da recidiva que possa ocorrer.
O complexo de culpa é que nos condena ao sofrimento inútil, que nos paralisa diante da vida e das pessoas, que nos amedronta diante das novas possibilidades, engessando nossa vida e desativando todo o cabedal de virtudes que possuímos e que poderiam estar trabalhando a nosso favor e a favor dos que nos cercam.
A responsabilidade faz evoluir, a culpa faz sofrer, por isso é que acredito que a necessidade de desenvolver nossa capacidade de perdoar o outro, tem muito a ver com o auto-perdão evitando o complexo de culpa.
Acredito que perdoar o outro é mais fácil do que perdoar-se, sendo assim, o exercício do perdão ao outro alarga nossa tolerância e nossa compreensão, diminuindo nosso sentimento de culpa diante dos erros diagnosticados no outro e, consequentemente, em nós mesmos.
A percepção de nossa falibilidade é que nos dá as ferramentas para desenvolvermos a capacidade de perdoar, o que eu colocaria como sendo a capacidade de eximir de culpa, mas não de responsabilidade.
Evitar as consequências de nossos erros não é didático e não produz evolução; tal qual a culpa paralisante não é desejável.
O entendimento das causas do erro alheio leva à percepção da falta de culpa e nos estimula ao entendimento da nossa própria, facilitando sua dissipação, e aqui, cito o questionamento de Tolstoy que, acredito, traduza de maneira cristalina o que tento demonstrar:
“Onde está o livro da lei mais claro para o homem do que aquele que está escrito em seu coração?”
Escrita essa que vamos aperfeiçoando a cada experiência, boa ou má, a cada vivência que nos acrescenta recursos para ver com clareza a realidade que rege nossas vidas e relações.
Vou utilizar aqui um exemplo que considero fundamental:
Na condenação que fazemos ao aborto, muitas vezes sentimos aflorar o complexo de culpa daquelas que já o cometeram, e que já foi bem estudado pela psicologia moderna sendo identificado como uma das mais agressivas e brutais de todas as experiências traumáticas que podem acometer a mulher.
A pesquisa realizada na universidade de Oslo na Noruega e publicada em 2005 identificou o grande trauma psíquico para as mulheres que provocaram o aborto, e que é significativamente maior do que no grupo de mulheres que sofreram um aborto espontâneo.
Mesmo para aquelas que têm um discurso de aprovação do aborto e que não referem culpa por terem-no praticado, apresentam sinais e sintomas de trauma psicológico e sofrimento, que foi acompanhado no referido trabalho por até cinco anos. Fica como uma marca profunda a experiência do aborto devido ao sentimento de culpa que gera, impactando seu equilíbrio emocional e social.
Dito isso podemos passar a analisar a situação da seguinte maneira:
Mesmo que nos fosse possível criticar ou condenar quem quer que seja, coisa que temos a mais profunda consciência de que não podemos fazer (quem nunca pecou que atire a primeira pedra), e mesmo tendo plena consciência de que, estivéssemos nós na situação das mulheres que fizeram o aborto, talvez agíssemos da mesma forma, temos a obrigação de esclarecer, com relação ao aborto, a responsabilidade do ato e as consequências do mesmo para o feto abortado e para a mulher que abortou, assim como foi tão bem demonstrado na pesquisa acima citada. Portanto, não atribuímos culpa, mas lembramos a responsabilidade que leva à dor e ao sofrimento.
Sendo assim a condenação do aborto não é acompanhada da condenação das mulheres que o provocaram, mas é a ação consciente de prevenção do ato, porquanto tentamos evitar os efeitos da responsabilidade, na mesma medida em que esperamos dissipar seus complexos de culpa e mostrar-lhes que não há porque continuar mantendo a dor de um ato muitas vezes desprovido de reflexão, ou cometido devido à condução do meio ou das pessoas que os cercavam. Aos que praticaram tal ato cabe auxílio e esclarecimento, não condenação, pois apesar de responsáveis, nem sempre são culpados.
Como nos asseverou Harry Weinberger (1888–1944):
“O maior direito no mundo é o direito de errar”
Mesmos os culpados tem direito ao arrependimento e à mudança de postura.
De nada adianta deixar a ferrugem da culpa corroer nossas forças, coisa que em nada vai reparar ou reconstruir nossas vidas, é necessário sim reconhecer nossos erros para evitá-los no futuro, mas trabalhar conscientes de nossa falibilidade, e certos de nosso melhoramento.
Um Deus infinitamente bom e justo nunca poderia condenar, pois Ele, e só Ele, tem todo o conhecimento e a percepção, e por isso mesmo não condena, auxilia, não pune, esclarece, Deus ama, e por isso educa.
É hora de nos livrarmos da culpa, é hora de trabalho, não de lamentação, assim como é hora de assumirmos nossas responsabilidades, pois já somos sabedores das leis e suas conseqÃ?ências, resta trabalhar para ser feliz.
Nunca deveríamos nos esquecer do sábio Chico Xavier que lembrou certa vez:
“Não podemos mudar o início, mas podemos, a partir de hoje, construir um final mais feliz”

Conheça o vídeo com as notícias iniciais do VI SIMESPE:

http://www.youtube.com/user/simespe#p/u


Conheça Mais sobre Décio Iandoli Jr:
Dr. DÉCIO IANDOLI (MT)
É médico, formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista, no ano de 1987.
Especializou-se em Cirurgia Geral e em Cirurgia do Aparelho Digestivo pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, no Hospital Guilherme Álvaro, ligado à Faculdade de Ciências Médicas de Santos.
É membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia do Aparelho Digestivo (CBCD).
Concluiu o Doutorado em Medicina no ano de 1999 pela Universidade Federal Paulista – Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM).
Foi professor titular da cadeira de “Fisiologia” dos cursos de Biologia, Fisioterapia e Farmácia da Universidade Santa Cecília (UNISANTA) e ministrou as disciplinas de “envelhecimento e espiritualidade” e “Finitude e Temporalidade” no curso de Gerontologia na mesma universidade. Foi professor doutor do departamento de Cirurgia do Centro Universitário Lusíada – Faculdade de Ciências Médicas de Santos (UNILUS-FCMS) até 2008.
Foi presidente da Associação Médico-Espírita de Santos (AME-Santos) na gestão de 2008. É membro atuante da AME-Brasil (www.amebrasil.org.br), AME-Internacional e atual vice-presidente da Associação Médico-Espírita do Mato Grosso do Sul (AME-MS).
Foi colaborador fundador do Centro Espírita Dr. Luiz Monteiro de Barros, em Santos-SP até dezembro de 2008.
Palestrante nacional e internacional tendo participado de vários congressos como o I Congresso Médico-Espírita Europeu em Barcelona (2003), do IV Congresso Espírita Mundial em Paris (2004), do I e II Congresso Médico-Espírita dos EUA em Washington (http://www.ussmcongress.org), e da I,  II, III e IV Jornadas Médico-Espírita de Portugal em Lisboa (www.jornadasportuguesas.org/) de 2006 a 2009 e do I Congresso Britânico de Medicina e Espiritualidade em 2007 entre outros.
Escreveu os livros “Fisiologia Transdimensional”, publicado em 2000, “Ser Médico e Ser Humano”, publicado em 2002 (Vertido para o Espanhol e Italiano) e “A Reencarnação como Lei Biológica” publicado em 2004 (Vertido para o Inglês), “Um Homem no Fundo do Espelho” publicado em 2007 ; autor do capítulo intitulado “O médico diante da morte” no livro “Medicina e Espiritismo” publicado em 2003; autor do capítulo intitulado “Palingenesia”, no livro “Medicina e Espiritualidade”, publicado pela editora INED em 2008 e autor do capítulo intitulado “A Consciência e o Cérebro” no livro “A Vida do Anencéfalo, aspectos científicos, religiosos e jurídicos” publicado pela AME-Brasil em 2009. Autor de artigos publicados em revistas e jornais espíritas diversos (Folha Espírita, Revista Internacional de Espiritismo, Univers o Espírita, O Reformador, O Médium, Revista da Federação Espírita Portuguesa, Revista espírita portuguesa Verdade e Luz entre outras). Apresentador do programa “Ciência e Espiritualidade” pela TV Mundo Maior da Fundação Espírita André Luis, que vai ao ar pela Brasilsat 1 e pela internet (www.tvmundomaior.com.br ), e pela TV CEI pela internet (www.tvcei.com).
Transferiu-se para a cidade de Campo Grande, MS em janeiro de 2009, ingressando como professor nível V no curso de medicina da UNIDERP (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e do Pantanal), onde leciona nos módulos de Habilidades Médicas e no Laboratório Mórfo-funcional para alunos do 1º e  2º anos.
Ingressou no corpo clínico da Clinica SCOPE, em Campo Grande, (www.clinicascope.com.br) passando a ser o médico responsável pelo serviço de motilidade do aparelho digestivo.
Participou da fundação do Centro Espírita Vinha de Luz em Campo Grande, MS, onde é membro colaborador.
É o atual vice-presidente da AME-MS

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Notícias do VI SIMESPE

Amigos,

Já estamos trabalhando para a realização do VI SIMESPE em 2011, estamos fechando a programação e já estamos com vários palestrantes confirmados. Elaboramos um pequeno vídeo mostrando estas novidades e periodicamente enviaremos notícias para que vocês fiquem atualizados e possam nos ajudar com sugestões e também na sua divulgação.

Para conhecer estas novidades, acessem o link a seguir: http://www.youtube.com/watch?v=IJmrenkgerA

Um grande abraço,

Mário Jorge Júnior

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Saiba mais sobre o SIMESPE

O SIMESPE – SIMPÓSIO DE ESTUDOS E PRÁTICAS ESPÍRITAS DE PERNAMBUCO – nasceu no ano 2006, com o objetivo precípuo de difundir o pensamento Espírita, unindo-se aos demais congressos espíritas já existentes em nosso Estado. Foi criado para acrescentar; para engrandecer o Movimento Espírita, atento às modernas conquistas sociais, científicas e tecnológicas de nossa era, a fim de que a humanidade possa tomar consciência da dimensão dos ensinamentos dos Espíritos e melhor compreender e encaminhar os seus e os destinos da humanidade. Já no seu primeiro ano, o I SIMESPE, teve como tema central o Pensamento Espírita Sobre o Nascer, Viver, Morrer, Renascer e Evoluir Sempre, evidenciando e divulgando a proposta do Cristo, através de palestras, debates e prática espírita, consubstanciando também, momentos de arte, alegria e beleza, que integraram e produziram bem-estar espiritual e emoções indefiníveis. 



Convém ressaltar que o SIMESPE surgiu em decorrência das atividades da Pomada Vovô Pedro, realizadas pelo Grupo Espírita Seara de Deus em conjunto com 80 instituições espíritas pernambucanas, que se reuniram e aprovaram a idéia da realização desse evento. Atualmente, são distribuídos de forma inteiramente gratuita, 100 mil potes do unguento, beneficiando 280 instituições somente em Pernambuco.


Com o objetivo de transcender as paredes dos templos espíritas, o SIMESPE tem como proposta principal levar para a sociedade reflexões filosóficas, científicas, religiosas, práticas e de senso comum do nosso tempo, sobre imortalidade, mediunidade, reencarnação e espiritualidade. Fazendo uma ponte sólida e segura entre o Espiritismo e a Ciência humana, - hoje ainda considerada materialista -, aproxima-se cada vez mais da nossa realidade espiritual. Espiritismo e Medicina/Saúde e Doença - Influências Espirituais, Biológicas, Sociais, Culturais e Ambientais, tema central do III SIMESPE, veio demonstrar a necessidade da união dos conhecimentos espirituais aos científicos.


Educação e Transdisciplinaridade – visão espírita de um novo tempo”, tema central do IV SIMESPE, buscou integrar a nova proposta de educação com os ensinamentos doutrinários espíritas, contribuindo para o despertar das consciências e propiciando o encontro da criatura com o seu Criador, elucidando os enigmas do ser, da sua evolução e progresso, do seu passado e do seu futuro, apontando os rumos superiores a serem alcançados por todos quantos se empenharem pela conquista de sua perfeição. E compreendendo que a educação é a mola propulsora que faculta o desenvolvimento de uma sociedade renovada, este ano, a coordenação promove o I SIMESPINHO, para crianças entre 5 e 10 anos de idade.


Parafraseando Joanna de Ângelis, esperamos com o V SIMESPE, cujo tema central é ESPIRITISMO E OS DESAFIOS DOS TEMPOS ATUAIS – CONFLITOS HUMANOS NA TRANSIÇÃO DO PLANETA, “estar contribuindo modestamente para o despertar dos sentimentos elevados de cada criatura, clareando mentes em aflições ou que dormem na ignorância das verdades espirituais, contribuindo com as “vozes dos céus”, no desiderato da edificação da nova humanidade com Jesus nesse século em que vivemos”.  

A coordenação do V SIMESPE, ante o ”trabalho que se robustece a cada ano e a união sincera que se fortalece num esforço conjunto entre os dois planos da vida”, - o material e o espiritual - deseja boas vindas aos trabalhadores voluntários, patrocinadores, expositores, artistas e congressistas  em geral. E externa sua eterna gratidão a DEUS, a JESUS, aos ESPÍRITOS que nos assistem e aos COMPANHEIROS DE IDEAL que têm compartilhado conosco deste evento.